MOVENDO AS PEÇAS

Dino busca influência na própria sucessão, que pode acontecer só no ano que vem

A preço de hoje, Flávio Dino não tem peso na disputa pela cadeira de titular que ora ocupa no Ministério da Justiça e Segurança Pública, quando a deixar rumo ao STF. Mas o ministro tem aproveitado o jogo de empurra feito por Lula para indicar o nome do sucessor de Rosa Weber para deixar a pasta a alguém que age sob suas ordens.

Por isso, passou a jogar um pouco da luz dos holofotes que recebe – e busca ostensivamente – no secretário-executivo da pasta, Ricardo Cappelli. Por conta própria, o “zero dois” do MJSP já nutria o sonho de suceder seu mentor. A diferença é que, agora, o criador resolveu insuflar sua criatura.

“Amanhã estarei no Rio para reuniões. Direções da Força Nacional, da PF e da PRF estarão comigo, assim como Secretário Executivo Cappelli”, publicou Dino no final da noite de domingo (15).

A manobra de Dino vem no momento em que Lula é bombardeado por conselhos políticos dos mais próximos ao petista para que deixe a indicação do novo ministro do Supremo Tribunal Federal para 2024, sob a perspectiva de preservar o nome a ser apontado – data hoje, o de Dino.

Buscando fazer seu sucessor, Dino tenta baixar na Esplanada dos Ministérios o mesmo raio que caiu na disputa ao Palácio dos Leões. Resta saber se o resultado será diferente, seja na satisfação de seus anseios ou no dia a dia ministerial sob nova direção.

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