No último sábado, depois que alguns comerciantes fecharam as portas no Coroadinho, o governador Flávio Dino fez uma vista ao local para garantir a tranquilidade aos trabalhadores. Uma das principais reclamações que ele ouviu foi que muito moradores ficavam com medo devido à série de boataria que chegava principalmente pelas redes sociais e pelo WhatsApp.

Essa situação vem sendo um dos grandes desafios para a Polícia, porque a maioria das informações que circulam pelas redes não é verdadeira, mas criam uma sensação de insegurança que auxilia a ação dos bandidos. Além disso, alguns setores da mídia eletrônica não procuram checar as informações e publicam notícias falsas como se fossem verdadeiras. E pela velocidade que as informações correm hoje em dia, esses boatos chegam em questão de minutos na comunidade.

Um bom exemplo foi o primeiro dia de ataques a ônibus, as informações que surgiram na internet e nos aplicativos foi que uma policial havia sido assassinado por membros de facção, que delegacias tinham sido atacadas, que uma faculdade havia sido invadida e mais os incêndios a coletivos. Na verdade, um policial foi baleado por conta de uma rixa que envolvia uma mulher e nenhuma delegacia sofreu qualquer tipo de atentado até hoje, assim como não existe registro em instituições de ensino.

Antes de diferenças políticas, que acabam por provocar alguns sentimentos mais passionais, é preciso acima de tudo ter responsabilidade. A internet é uma ferramenta muito poderosa e o objetivo dessas facções é enfraquecer os órgãos de segurança criando uma sensação de caos e para isso esses boatos são fundamentais. Criar o medo e o pânico é o grande objetivo dos bandidos que orquestram esses ataques.

O próprio Governo alertou a população para evitar o compartilhamento, principalmente de áudios, que supostamente são de bandidos ligados a facções. Até agora, nenhuma gravação foi comprovada pela Secretaria de Segurança.

Neste momento bom senso é a melhor maneira de integrar essa luta contra a criminalidade.