O ex-juiz Márlon Reis (Rede) deu uma declaração curiosa ao ser questionado por uma repórter sobre o fato dele coordenar a pré-candidatura de Eliziane Gama (PPS) ao lado do ex-prefeito de São Luís, João Castelo (PSDB), que responde por vários processos na Justiça por improbidade administrativa. Segundo o neófito advogado da Rede, “política se faz com partidos e não com nomes”. Como se o PSDB fosse exemplo de lisura e correção na política.

Márlon deixou claro que não simpatiza com Castelo. O fato de demonstrar constrangimento em falar sobre um dos principais aliados da “irmã” poderá provocar ruídos na aliança pragmática entre tucanos e seguidores da ex-senadora Marina Silva.  O embaraço é em função dele ser o autor da Lei da Ficha Limpa e agora dividir espaço com “O nobre deputado” com contas rejeitadas. Nem Cândido Peçanha chegaria a tanto…

Como assessor jurídico da campanha de Gama, o advogado prometeu que entraria com um processo contra Edivaldo Holanda Junior (PDT) que “poderia” impugnar sua candidatura. A montanha, no entanto, parece ter parido um rato. O arrazoado do ex-juiz apenas questiona a publicidade institucional da Prefeitura de São Luís no período vedado, sendo que a Secom, logo que o prazo de restrições passou a valer, suspendeu os serviços de distribuição de releases.

Ação parece mais uma atitude desesperada pelo crescimento do prefeito e uma tentativa de vencer no tapetão, mas o teor da petição é fraco e inconsistente.