O presidente interino da Câmara dos Deputados após o afastamento de Eduardo Cunha (PMDB-RJ), Waldir Maranhão (PP-MA), mentiu à Justiça Eleitoral maranhense ao declarar, em um processo de investigação de suas contas eleitorais, que havia doado para si mesmo R$ 557,6 mil, segundo as informações do jornal O Globo.

No processo aberto para apurar possíveis irregularidades na prestação de contas, Maranhão informou à Justiça Eleitoral que vendeu sua residência, localizada em um dos bairros mais nobres de São Luís. No entanto, o imóvel continua no nome do parlamentar e de sua esposa, a pedagoga Elizeth Azevedo, e é o local onde o casal vive atualmente.

A investigação foi aberta depois da eleição de 2010, quando Maranhão aplicou R$ 821,7 mil em sua campanha para se reeleger deputado, sendo R$ 557,6 mil de recursos próprios. Este alto número chamou a atenção do Ministério Público Eleitoral (MPE), já que o parlamentar havia declarado possuir um patrimônio de R$ 16,5 mil.

Segundo especialistas, o deputado deve enfrentar uma ação criminal ou eleitoral por fraudar as contas de campanha.