O ainda Reitor da Universidade Federal do Maranhão (UFMA), Natalino Salgado, fez as malas e foi a Brasília. Na capital do país, sua missão era acelerar o processo de escolha de seu sucessor, a partir da lista tríplice que está nas mãos do Ministério da Educação. A preferência declarada de Natalino é pelo atual pró-reitor da instituição, Fernando Carvalho Silva.

A tentativa de pressionar o Governo Federal, no entanto, não teve êxito. Ele não teria sido recebido pelo ministro Camilo Santana (MEC), tampouco teria conseguido a certeza da secretária de Educação Superior da pasta, Denise Carvalho, de que seu indicado seria efetivado no posto de Reitor.

Natalino tentou arrancar da representante do MEC, sem sucesso, a certeza de que o primeiro colocado para Reitor e Vice-reitor serão indicados por Lula, quando retornar de sua cirurgia.

De acordo com a legislação em vigor, embora o petista tenha sinalizado disposição em indicar os primeiros das listas, o Presidente da República tem a prerrogativa de escolha entre os três nomes apresentados para cada cargo. Logo, a ida a Brasília impõe constrangimento sem igual ao chefe do Executivo e ao ainda Reitor, que sequer foi recebido pelo auxiliar mais próximo a Lula.

O fato de Natalino se fazer acompanhar de dois assessores declaradamente avessos às políticas do atual Governo Federal, a exemplo do próprio candidato a Reitor defendido por Salgado, completou o episódio de total vergonha alheia.