O primeiro desfile cívico-militar de 7 de setembro em Brasília no terceiro governo de Luiz Inácio Lula da Silva pretende ser um marco de ressignificação da data, informa o Estadão. Para isso, o governo já desembolsou R$ 3 milhões na contratação da empresa que vai fazer a montagem e organização do desfile do 7 de Setembro, valor mais que o dobro do gasto por Jair Bolsonaro (PL) em seu primeiro ano de mandato.

A empresa vencedora da licitação, a M.M Faleiros Montagens e Eventos, é a mesma que organizou o evento quatro anos atrás, quando Bolsonaro estava na Presidência da República em seu primeiro ano de governo.

Não é possível comparar os gastos deste ano com os eventos promovidos em 2021 e 2022, pois os contratos não estão disponíveis na plataforma da Secretaria de Comunicação Social da Presidência (Secom). Em 2020, a cerimônia não foi realizada em virtude da pandemia do Covid-19. Os dois últimos desfiles, realizados na segunda metade da gestão Bolsonaro, ficaram marcados pelos enfrentamentos do ex-presidente às instituições democráticas.

O governo traçou a estimativa de gasto de R$ 6,8 milhões somente com a contratação do serviço de montagem de arquibancadas, instalação de banheiros químicos e demais instalações para o evento. A cifra total envolve, ainda, pagamentos de soldados a título de diárias, a serem realizados pelo Ministério da Defesa.

A orientação do Planalto é que o 7 de setembro deste ano fique marcado como sendo um “ato de resgate das cores da bandeira e dos símbolos patrióticos” que ficaram associados a Bolsonaro e seus apoiadores. A organização do evento está sob responsabilidade da Secom.