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Projeto “Brasil Sem Ponto Final” chega a São Luís

Apresentado pelo Ministério da Cultura e pelo Instituto Cultural Vale, o espetáculo “Fio do Meio/Vertigem” estará em cartaz em São Luís nos dias 25 e 26 de outubro. As peças compõem o projeto “Brasil Sem Ponto Final”, interpretado pela Cia Gente, escrito e dirigido pelo dramaturgo e antropólogo Paulo Emílio Azevedo e coordenado pela Zuza Zapata Arte e Produção.

Uma oficina criativa também será realizada na ocasião, além das duas apresentações do espetáculo. As peças se desenvolvem em dois atos, iniciando com “Fio do Meio” – vencedor do prêmio FUNARTE de Circulação em Dança -, seguido de “Vertigem” que, este ano, representou o país no Festival D’Avignon, na França. Unidos, eles formam o 2° ato do projeto “Brasil sem Ponto Final”, patrocinado pelo Instituto Cultural Vale, por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura, Ministério da Cultura e Governo Federal.

Em “Fio do Meio”, o criador toma como célula o movimento do esbarrão. A partir dele, observa e provoca uma via de mão dupla: a capacidade de mover corpos e, desse mover, abrir espaços de conversação. Dando sequência à proposição de ativar a rua como espaço criativo, sua arquitetura e seu diálogo com as pessoas, “Fio do Meio” extrapola a noção de margem e reconfigura outras relações de geocorporeidade; reterritorializando os usos da cidade, os arteiros produzem repetições oriundas de gestos do urbano para difundir catatonias e narrativas que pleiteiam a visibilidade de tantos outros corpos; tantas vezes negados, miopizados e varridos.

Já em “Vertigem”, adota-se um diálogo intenso e ininterrupto mediado pelos corpos dos intérpretes, cuja proposta expõe a borda, o ruído (também o silêncio), a corda bamba, a respiração ofegante e a embriaguez do gesto. Desnudado e cru, “Vertigem” persegue uma “labirintite cênica”, sendo o movimento dessa vez guiado por uma atmosfera que não almeja o controle; ao contrário, despreza-o e o desloca em busca do risco, daquilo que ainda não tem nome; mas que por tal recebe, gentilmente, o significado de “política”. Em cena, um “corpo político que dança”, conceito criado e desenvolvido por Paulo, desde a década de 90.

Além das sessões do espetáculo, o projeto traz ainda uma preocupação pedagógica na troca de experiências e culturas com o público local. Por conta disso, está prevista a realização da oficina “Corpo-Memória” que, em São Luís, será ministrada pela professora carioca Paula Lopes, que integra a Cia Gente desde 2015.

Os espetáculos serão realizados na Praça do Pantheon, nos dias 25 e 26 deste mês, a partir das 16h30. Já a oficina “Corpo-Memória” acontece nas mesmas datas, das 13h30 às 15h30, no Sesc Olho d’Água. As atividades serão gratuitas.

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